A percepção (parte 2)
O quarto era pouco importante. O importante era tirarmos a roupa tal era aquele impeto que já tomara conta de nós. Era isso que fazíamos por entre sorrisos maliciosos, beijos respirações ofegantes... A minha tesão comandava, a dela correspondia... Nada existia no espaço e no tempo apenas conseguíamos ver nos um ao outro naquela ânsia desenfreada de nos termos mais uma vez...Virou se e empinou se para mim, pedia que a penetrasse. Sorri... Disse lhe nao, puxei lhe um braço encostei me a parede, fi la ajoelhar se e chupar me... Acedeu... Olhando para mim... Ao fita la percebia que adorava a minha cara de prazer... Não resisti... Puxei a para cima deitei a na cama abri lhe as pernas suguei lhe o clitóris... Estremeceu... Puxou me os cabelos e disse baixinho: quero te dentro de mim... Assim fiz até ao seu tão ansiado êxtase...Rodámos... Agora és tu, disse, a sorrir... Cavalgou me vigorosamente... Repetimos... Voltámos a repetir... Nisto, pequenos raios de luz entravam por entre as frechas dos estores fechados. Era manhã.. recordo me do cheiro a sexo que pairava no ar... Decidimos ir tomar banho e tomar o pequeno almoço, porque estava pago.. tudo olhava para nós um casal, como sempre, a quebrar padrões sociais sem pudores. Enquanto comiamos, ela falava de voltar, saudades, de nós, de mim... de mudanças para dar certo.. Mas tudo o que me dizia, já não me fazia sentido, já era como passado apenas...
Foi nesse dia que tive a percepção que ela, ela não me queria.
Ela apenas precisava de mim.
Quotidio Morior